A intuição é um dos recursos mais poderosos em direção à nossa saúde mental, porém, infelizmente, somos educados para não ouví-la.
É comum que as pessoas associem a palavra “intuição” a questões místicas, religiosas ou premonitórias.
Na Psicologia científica, a intuição ganhou relevância com teóricos consagrados como Bion, Jung, Moreno, entre outros.
De modo geral, nascemos com uma capacidade intuitiva forte, capacidade esta que se desenvolve para que possamos “sentir” o ambiente a fim de nos protegermos de possíveis ameaças.
Com o desenvolvimento intelectual, desenvolvemos a racionalidade e nossa capacidade intuitiva perde espaço para o raciocínio formal e para a lógica. Porém, essas ferramentas racionais na solução de problemas emocionais podem ser desastrosas já que solucionam logicamente e não emocionalmente.
O caminho para uma boa saúde emocional é reaprender a seguir sua intuição, é reaprender a conectar-se com o seu próprio corpo e identificar desejos e necessidades vindos dele. Após essa identificação, resolver qualquer problema que possa ser harmonioso com o sentir é mais saudável e mais eficaz.
Muitas vezes, a racionalidade é o caminho mais rápido, pois traz respostas prontas como o que é “certo” e o que é “errado”, mas é muito comum que as pessoas que seguem o caminho da racionalidade com frequência sintam angústias “sem motivo” ou apresentem sintomas físicos de doenças psicossomáticas: são sinais que o corpo dá, revelando que algo está errado!
Sugestões de leituras sobre o tema:
Leopoldo, Franklin. Bergson: intuição e discurso filosófico. Vol. 31. Edicoes Loyola, 1994.
Moreno, Jacob Levy, and Zerka Toeman Moreno. Fundamentos do psicodrama. Editora Agora, 2014.
Sapienza, Antônio. “O trabalho de sonho alfa do psicanalista na sessão: intuição-atenção-interpretação.” Rev. bras. psicanál 33.3 (1999): 423-430.
Jung, Carl Gustav. A vida simbólica. Vol. 1. Editora Vozes Limitada, 2011.
Zimerman, David E. Bion da teoria à prática: uma leitura didática. Artmed Editora, 2009.