Despir-se de papéis antigos e preparar-se para novos papéis é a evolução natural de quem amadurece. Entre um papel e outro ficamos nus, sensíveis e vulneráveis.
Toda crise emocional ou existencial possui alto poder de evolução no sentido do amadurecimento. Algumas pessoas podem adoecer entre um estágio e outro, mas, em geral, o que ocorre é um avanço no sentido de ampliar as possibilidades do psiquismo, enriquecê-lo, flexibilizá-lo e torná-lo cada vez mais capaz de desenvolver recursos diversos para enfrentamento de problemas.
É comum que as pessoas se assustem quando se vêem nessas condições, pois entre uma fase e outra é preciso um período de luto e despedida de questões antigas. Até mesmo o que nos faz mal pode nos ser familiar e nos fazer falta nestes momentos de mudança.
Por isso, abrir-se para a fragilidade e aceitá-la em períodos de transição é o que nos torna mais forte e mais capazes posteriormente, é como se estivéssemos trocando de roupa: precisamos nos despir, nos fragilizar, para que possamos vestir algo melhor, mais confortável e mais duradouro.