As pessoas tomam rumos diferentes de pensamentos, sentimentos, decisões e escolhas. Alguns deles tão difíceis de serem entendidos por quem está a sua volta e, muitas vezes, difíceis de serem respeitados.
Deveríamos nos encantar com a imensa gama de possibilidades (infinitas, de fato) com que a interação de um bebê que cresce rodeado de pessoas, histórias, dores e perdas e a capacidade que tudo isso tem de resultar num ser humano único.
Temos possibilidades de recursos semelhantes, deveríamos ser capazes de desenvolver empatia, de nos colocar no lugar do outro, de ouvirmos uma história e nos encantarmos. Porém, temos ferramentas de defesas para evitarmos o sofrimento e atacarmos quem nos ameaça com uma facilidade muito superior ao desenvolvimento da empatia.
Temos certezas fantasiosas que nos constroem, que nos fazem nos sentir sólidos como gente e temos necessidade de mantermos essa estrutura em pé, firme, baseada em nossas vivências e experiências que trouxeram significados para essa vida e essa construção, mesmo que baseada em ilusões que nos acalmam e confortam.
Todos nós precisamos disso, todos… e compreender que o outro também precisa não deveria ser uma tarefa tão difícil!
Compreender que o outro se sente ameaçado em suas estruturas, com suas questões e reflexões, que é difícil de repente não saber mais quem ele é, que pode não sentir mais firmeza nas próprias crenças que o deixavam tão seguro. Compreender que as pessoas possuem limitações e, por isso, defendem com unhas e dentes suas ideias, suas ideologias, suas crenças, seus caminhos.
Isso é ser humano…que atire a primeira pedra quem consegue não ser…